terça-feira, 29 de junho de 2010

GRUPO F

Quando falei a respeito deste grupo, disse que era dos menos atraentes. Estava certíssimo. Jogos ruins, ou feios, e uma surpresa nem tão grande assim, a desclassificação da Itália.

ITÁLIA

A bela campanha nas eliminatórias e o título ganho na última Copa faziam da Itália uma das favoritas à conquista do caneco. Mas o futebol apresentado pelos comandados de Marcelo Lippi foi de dar vergonha. Um time sem imaginação, sem preparo e sem talento. Não que os jogadores fossem ruins, mas é daqueles casos em que tudo parece estar no lugar errado. Na verdade a seleção italiana é um retrato fiel do país da bota. Tradicionalmente conturbado politicamente, há anos sob a batuta de um primeiro ministro esquisito, milionário, excêntrico e apegado a escândalos, com um campeonato de futebol decadente e recheado de histórias de manipulação de resultados e outras falcatruas, e um processo de renovação lento, não espanta a equipe voltar mais cedo pra casa. Pode ser o início de uma nova era num dos principais centro de futebol do planeta.

PARAGUAI

Essa era uma vaga quase garantida. O Paraguai é uma equipe consistente e segura, conta com bons jogadores e se credenciou após boa campanha nas eliminatórias. Passar de fase era barbada. Faz parte do processo de aquisição de uma confiança perdida ao longo do tempo. O país luta para se livrar da incômoda fama de depósito de muambas. Elegeu um presidente ninfomaníaco que busca mais espaço no cenário internacional. Os jogadores paraguaios estão espalhados por alguns dos principais campeonatos do mundo e atuam com uma garra e uma vontade impressionantes.

ESLOVÁQUIA

Diferentemente dos vizinhos tchecos, os eslovacos não apresentaram um futebol vistoso e de habilidade. Mas organização, força e muita vontade foram suficientes para fazê-los superar a indecisa e ultrapassada Itália. No duelo entre as duas seleções, venceram com autoridade e se garantiram em segundo na chave. O país é estável, política e economicamente, e os jogadores atuam com calma e confiança. Faltam valores individuais que os coloquem em situação melhor do que a de meros coadjuvantes.

NOVA ZELÂNDIA

Só de estarem na Copa já era uma vitória e tanto. Não almejavam nada além de disputar mais uma vez a competição. Mas não imaginavam acabar em terceiro no grupo, à frente da poderosa Itália, com direito a um empate com os atuais campeões mundiais. Uma façanha e tanto para um time amador e que só foi à África a passeio.

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