sexta-feira, 25 de junho de 2010

GRUPO B

O grupo que eu considerava imprevisível confirmou a expectativa. Resultados surpreendentes e campanha irretocável da Argentina.

ARGENTINA

A dúvida se o time de Maradona teria o conjunto necessário para os vários bons jogadores que dispunha se dissipou logo na estréia diante da Nigéria. Com um meio de campo envolvente, em que se destacam Messi e Verón, fazendo jus à tradição deles, cravaram a primeira posição com três vitórias e um estilo de jogo agressivo e técnico ao mesmo tempo. Maradona resgatou a moral e a alegria do país, já que sua imagem divina perante os compatriotas funciona como catalisador e disseminador daquela autoconfiança comumente confundida com arrogância. Se mantiverem a humildade vista até então, passam pelo México. Se deixarem a soberba e o menosprezo tomarem conta, caem diante do adversário.

CORÉIA DO SUL

Velocidade, experiência e boa dose de atrevimento. Com esses ingredientes os coreanos carimbaram o passaporte para a fase seguinte e encaram os uruguaios. O time é fraco, tanto no aspecto físico quanto no técnico, mas reflete o papel desempenhado pelos coreanos no cenário internacional. Economia pujante, povo valente, empreendedor, com grandes empresas e indústrias. São atrevidos e não demonstram medo. Não creio que afinem diante do Uruguai, mas vão precisar de muito mais para superar os sul-americanos.

NIGÉRIA

Decepção é a palavra para designar a campanha da Nigéria. Considerado um dos mais fortes times africanos, com jogadores conhecidos, não conseguiu mostrar em campo o cartaz que carrega. Endureceram contra os argentinos, poderiam até mesmo empatar, mas perderam para os gregos uma partida que não podiam. Não havia unidade nem esquema de jogo organizado. Jogadores sem inspiração e aparentemente sem confiança. Talvez o medo de represálias e da pressão governamental tenham afetado o rendimento dos nigerianos.

GRÉCIA

Mesmo desclassificados os gregos entraram para a história. Pela primeira vez o país venceu uma partida de Copa do Mundo e se apresentou com dignidade perante adversários de mais qualidade e tradição. A Grécia atravessa uma crise econômica e institucional sem precedentes, passa por um dos momentos mais difíceis da sua existência e mesmo assim os jogadores demonstraram confiança, raça e dedicação. O futebol é o de sempre, muita força e marcação, e até se arriscaram em jogadas individuais e de velocidade, como na vitória sobre a Nigéria.

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