sexta-feira, 11 de junho de 2010

ESPANHA - España - Spain

Uma das regiões mais antigas do mundo, com registros de ocupação humana que remontam há 15 mil anos, a Espanha sempre foi terra de passagem para os povos mediterrâneos. Os primeiros a se instalarem na península foram os fenícios, que fundaram a cidade de Cadiz em 1100 a.C. Seguiram-se aos fenícios os gregos e cartagineses, estes rivais ferrenhos dos romanos. A tribo dos iberos também habitou partes do território espanhol, com uma sociedade avançada, além dos Celtas, sempre presentes. Os romanos desembarcaram na Espanha no século 2 a.C. e enfrentaram os povos que ocupavam a região, até conseguirem o controle total do território da península. Nesta época chegaram também várias tribos nômades, principalmente a dos visigodos, com sua cultura e organização, que se estabeleceram como ‘hóspedes’ dos romanos, e posteriormente, com a decadência e ruína deste império, dominando e estabelecendo um novo Estado. No século 8 d.C. os mouros (árabes) invadiram e dominaram inteiramente o país dando início a uma ocupação muçulmana que durou oito séculos. Os descendentes dos visigodos se dividiram em vários reinos, que se juntaram posteriormente para expulsar os árabes. Com a união desses reinos conseguiram o afastamento dos invasores e consolidaram sua unidade. Seguiu-se uma grande fase de desenvolvimento e prosperidade que desembocou nas grandes navegações e no domínio de boa parte do novo mundo. A origem do nome ‘Espanha’ é atribuída aos fenícios. Seria uma derivação de ‘I-saphan-im’, isto é, ‘Costa dos Coelhos’, não pela abundância desse animal na península, mas por ser aquele território o mais longínquo e remoto que eles conheciam. Os coelhos são conhecidos pela facilidade em esconder-se e sumirem da vista dos caçadores. De ‘I-saphan-im’, derivou o termo ‘Hispânia’, mais tarde transformado em ‘España’. Por toda a história de lutas, invasões, florescimento, conquistas, enriquecimento e decadência, a Espanha carrega a fúria genética e uma capacidade inacreditável de sucumbir diante da pressão e da força. O país custou a se recuperar política e economicamente depois de décadas convivendo com problemas internos, inclusive uma ditadura que atravessou meio século 20. O futebol espanhol traz marcas bem significativas das divergências internas e rivalidades entre as regiões. Demoraram a montar um selecionado que simbolizasse a união e a força da nação. Hoje um país moderno, rico, autoconfiante, mostra um time finalmente capaz de levar adiante a alcunha de ‘La Furia’. Tem atletas talentosos, inteligentes, experientes e apresenta uma autoconfiança e uma segurança que não se encontravam nas copas passadas. Chega com grande expectativa de desbancar o favoritismo de sempre das potências futebolísticas e gravar seu nome no rol dos grandes times da história das copas. Desde que não esbarrem em sua própria insegurança. Hoje é a seleção mais visada e mais estudada, mais um time a ser batido nesta edição da Copa do Mundo.

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