sexta-feira, 11 de junho de 2010

PORTUGAL

Portugal foi habitado desde a antiguidade pelos ‘lusitanos’, uma das tribos iberas que surgiram às margens do rio Tejo. Segundo a tradição, o nome ‘Lusitânia’, que significa ‘terra de Luso’, foi dado em homenagem ao personagem da mitologia greco-romana Luso, companheiro de Baco. O território foi conquistado sucessivamente por vários povos até ser dominado pelos romanos, que o incorporou a seu império. Depois da queda do Império Romano, Portugal foi invadido por várias tribos bárbaras que saquearam e fragmentaram seu território. Mas uma delas, a dos visigodos, se instalou ali e difundiram sua cultura e sua religião cristã. No século 8 os árabes chegaram a Portugal e estenderam seu domínio político e cultural sobre o país. No século 12 os portugueses conseguiram expulsar os árabes, sob a liderança de Afonso Henriques, que fundou o reino independente de Portugal. Iniciou-se um período de grande desenvolvimento econômico que culminou com a expansão marítima e a conseqüente conquista de territórios na Ásia, na África e na América. A palavra Portugal vem de Cale, que significa ‘abrigo’, e era um povoado antigo, hoje chamado Gaia. Próximo a Cale havia um porto e o local passou a ser chamado de ‘Portocale’. A povoação cresceu tanto que o nome passou a denominar todo o país. Depois desse próspero período o país entrou em declínio. Foi dominado pela Espanha e depois invadido por Napoleão. Sua corte migrou para o Brasil e o resto já se sabe. O futebol português nunca fez parte do primeiro mundo da bola. Fizeram uma campanha surpreendente na copa de 1966, quando o Benfica era a base da seleção e uma das principais equipes da Europa. Nesta primeira participação no torneio, Portugal apresentou um futebol vistoso e ofensivo, comandado fora de campo pelo brasileiro Oto Glória e dentro de campo pelo moçambicano Eusébio, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Ficaram em terceiro lugar e só retornaram à competição na Copa de 86, no México. Nunca mais montou uma seleção tão boa quanto aquela, a não ser em 2006, quando chegaram à quarta colocação na Alemanha e tinham outro brasileiro no comando, Luís Felipe Scolari. Logicamente contava com um grupo de excelentes jogadores, como Figo e Rui Costa, mas esbarraram na falta de autoconfiança e determinação. Chegam agora com mais experiência e expectativa, pois tem um dos melhores jogadores da atualidade, Cristiano Ronaldo, embora o time ainda não tenha se acertado. O caráter vacilante e pouco ambicioso dos cidadãos portugueses também norteia o comportamento da equipe e poucos acreditam que cheguem tão longe.

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