sábado, 26 de junho de 2010

GRUPO E

Grupo bacana, bons jogos, quatro equipes velozes, fortes e com futebol bacana de ver.

HOLANDA

Não fez nada além do que se esperava. Garantiu o primeiro lugar do grupo com três vitórias e um futebol de acordo com sua tradição. Os holandeses tem uma conjugação rara de velocidade, habilidade, técnica e força. Tivessem mais jogadores talentosos como Robben, tranquilamente seria a seleção favorita ao título. Mesmo contando com atletas oriundos de colônias fora da Europa, não apresentam problemas que implodiram outras seleções, como a França, por exemplo. Como já disse neste blog, um país liberal, progressista, alegre, de mentalidade jovem, resulta numa seleção com as mesmas características. Pega a Eslováquia na próxima fase e tem tudo para seguir adiante.

JAPÃO

Se passar de fase era a pretensão inicial dos japoneses, após as boas apresentações no grupo E já até sonham em ir mais além na Copa. O Japão aos poucos vai se soltando e mostrando o quanto assimilaram bem o estilo de jogo do maior contingente estrangeiro em sua liga de futebol, o brasileiro. Futebol rápido, mas consistente, seguro, organizado, com alguns jogadores mostrando uma habilidade incomum. Tão apegado às tradições, o Japão foi o país que mais recebeu influência externa, ocidental, depois da Segunda Guerra. O reerguimento da nação, que hoje é uma das maiores economias do planeta em muito se deve aos estrangeiros que ali investiram. A Liga de Futebol profissional, a J-League, abriu as portas para treinadores e jogadores de vários cantos do mundo, sobretudo sul-americanos. E isso acabou influenciando a forma de atuar dos nipônicos. Quando Zico era técnico da seleção nacional, disse que se os japoneses conseguissem adquirir confiança e perder o medo, seriam difíceis de suplantar. Pelo visto isso está ocorrendo e já não podem mais ser encarados como presas fáceis.

DINAMARCA

A boa campanha nas eliminatórias deixou a impressão de que os dinamarqueses fariam boa campanha na Copa. Comandados por Morten Olsen, integrante da "Dinamáquina" dos anos 80, chegaram com moral à disputa na África. Mas o futebol apresentado pelos 'vikings' não chegou nem perto da fama que os precedia. Velocidade eles tiveram, mas o jogo da seleção esbarrou na má performance dos principais jogadores. Fizeram garande partida diante de Camarões, num dos melhores jogos da competição, porém esbarraram num Japão absolutamente impecável na decisão da segunda vaga do grupo. Voltaram mais cedo e agora devem passar por uma reformulação que devolva o estilo perdido nesta Copa.

CAMARÕES

A deficiência tática comum aos africanos ficou evidente na campanha camaronesa. Com alguns bons jogadores, não mostraram padrão de jogo e nem consistência nas partidas disputadas. Com muita força e velocidade, bem que tentaram encarar holandeses e dinamarqueses, mas não tiveram competência para resistir. Saíram com três derrotas que evidenciaram a fragilidade do esquema e da própria equipe.

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