sexta-feira, 25 de junho de 2010

GRUPO C

O grupo C foi um dos mais imprevisíveis. Jogos disputados, alguns feios, outros emocionantes, mostrou quatro equipes de estilos distintos e que disputaram as duas vagas até a rodada final.

INGLATERRA

Outra seleção decepcionante nesta Copa até aqui. A Inglaterra custou a se classificar, mostrando um futebol burocrático e sem criatividade, ao contrário do que se esperava, tal a qualidade de vários jogadores. O English Team do italiano Fábio Capello mostrou exatamente o pragmatismo típico de italianos e britânicos. O fato de terem a liga de futebol mais cara e disputada da Europa parece que afetou os atletas, já que demoraram a perceber que estavam em uma competição diferente e absolutamente singular como a Copa do Mundo. Dava para visualizar a velha autosuficiência inglesa, tão prejudicial ao longo da história, no sempblante dos jogadores. Mas passaram para a segunda fase e terão um teste de fogo, justamente contra os alemães, grandes rivais de outras batalhas, dentro e fora dos gramados.

ESTADOS UNIDOS

Quando falei a respeito dos Estados Unidos, neste blog, citei a capacidade de superação e o poder de reação dos ianques, em tudo quanto é esporte. Mesmo não tendo uma equipe brilhante e não obtendo dos próprios cidadãos americanos o respaldo necessário, já que o futebol naquele país está longe da preferência do público, o time é aplicadíssimo e dotado de uma incrível capacidade de luta. Felizmente não há espaço na equipe para a arrogãncia e a falta de respeito que são vistas em outras modalidades esportivas dominadas por eles. Com grande preparo físico e psicológico, aliados à natural consciência tática, ofereceram alguns dos melhores momentos da chave, com reações heróicas diante da Inglaterra (com a colaboração do goleiro adversário, é bom que se diga) e da Eslovênia, e uma vitória emocionante e vibrante sobre a Argélia, numa das melhores partidas do mundial. A presença de Bill Clinton na platéia desta peleja mostra o quanto a turma do Obama tem feito para representar, mesmo que como coadjuvante, o país mais poderoso do mundo.

ESLOVÊNIA

A Eslovênia representou bem o futebol da extinta Iugoslávia. Com um time inexperiente e repleto de jogadores inocentes, ainda que alguns dotados de boa técnica e habilidade, não teve a força necessária para superar os adversários. Mas saiu de cabeça erguida, vencendo os argelinos, empatando com os norte-americanos e perdendo pelo placar mínimo para os favoritos ingleses. E viram a vaga nas oitavas fugir com o gol de Donovan contra a Argélia, nos acréscimos. Para um país novo, em sua segunda competição seguida, foi uma boa experiência.

ARGÉLIA

Eu confesso que esperava mais da Argélia na Copa. Tradicionalmente uma equipe rápida e forte, não provou nesta Copa o destaque que vinha tendo antes do torneio começar. O país colonizado pelos franceses parece que se inspirou nos antigos colonizadores e saiu mais cedo do mundial. O time tem a velocidade tradicional, mas pecou nos demais quesitos. Nenhum jogador se destacou e faltou personalidade. Parecia que não acreditavam em si mesmos.

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